Friday, December 09, 2005

Começar o começo.

Confesso que relutei, bastante eu diria, pra ter este blog.

Um dos empecilhos foi a dificuldade enorme pra encontrar um nome de usuário... Será marinachiari um nome mais comum do que eu pensava? Ou o mundo da tecnologia conspira desde o começo contra a minha diarréia verbal?! Eu só sei que tentei várias vezes até desistir, mas meu querido primo-discípulo-aspirante-a-jornalista-falido-tanto-quanto-eu, Guto Lobato, me salvou e, brigando contra o todo poderoso blogspot, conseguiu por fim me dar este espaço no tão recorrido mundo dos blogs.
O segundo fator que puxava pra trás na hora de começar a escrever é que, eu definitivamente nunca gosto do que escrevo. Geralmente ponho na gaveta durante anos, refaço trocentas vezes até olhar pra ele de novo e continuar achando indigno até mesmo de leitura complementar pra alunos da 4ª série. Mas agora eu prometo que, além de publicar meus textos pré-históricos, vou escrever tudo que der na telha.
Mas o maior de todos os obstáculos é: como começar o blog?!
Seria preciso descrê-velo, explicar objetivos, metodologia, fontes e hipóteses tal qual num projeto de pesquisa? (Descobri esse semestre que sou boa em projetos de pesquisa... mas só em projetos). Já que é assim então eu começo descrevendo este humilde espaço como uma extensão do meu cérebro. Logo, não vão esperando muito. Eu podia dedicar páginas e páginas a devaneios sobre assuntos da atualidade, de preferência criticando peças de arte, cinema e musica, comentando ironicamente situações políticas ou dando dicas de como avaliar criticamente o papel da mídia na análise e transformação desta sociedade consumista que leva à instauração do caos pelo homem moderno. Mas não. Eu prefiro pensar. E ninguém fica por aí pensando sobre essas coisas. Eu assumo, tenho a cara de pau de admitir que penso em como estou com vontade de comer aquele bolo de macaxeira que a cozinheira da minha avó faz e que lembra tanto a minha infância, confesso que penso em com seria legal viver no mundo do Harry Potter, penso em qual o novo trocadilho com o nome do Garotinho que vai aparecer na próxima edição do Casseta & Planeta e assim por diante. Podia tentar parecer extremamente inteligente, mas como isso eu já faço todos os dias (durante a noite eu tento dominar o mundo), eu vou simplesmente pensar. E se pelo menos uma pessoa chegou até o fim desse texto, então é porque vai valer a pena continuar escrevendo aqui.
Amanhã pensarei mais. Agora eu tenho sono.

4 comments:

Guto Lobato said...

aeeee prima!!!!!!!!
teu blog já ocmeça foda!!!!!
e pode pensar à vontade,vo ler isso aqui toda hora,ficar de prontidão à espra dum novo post!!! hehehe ^^
bjuuus!

Luiz Mário Brotherhood said...

oi =D
sou amigo do guto, vi teu blog nos links dele e resolvi entrar

gostei do que você escreveu =D
concordo com tudo, pessoas escrevendo sobre política, cinema, literatura já temos demais, precisamos viajar mais né? hehe =)

boa sorte com o blog

Adalberto Fernandes said...

Espaços assim são espaços. Vazios. Planos altos para abrir teu coração ao vento. Não precisa de regra, de vírgula, ponto, nem de aflição ou exclamação. quem o faz não sabe sentir e perceba como eu o faço. só há interrogações e minúsculas, sempre. e nossas interrogações acabam por responder uns aos outros. teu primeiro post me lembrou muito o primeiro capitulo que escrevi do meu pseudo livro " livro dos dias ". começa algo como " a melhor coisa é escrever sem pensar. quando a caneta recobre a mensagem que há tempos estava impregnada na tua mente e que os dedos não deixavam escapar de onde surgiram.". do resto, é resto. obrigados pelos elogios sobre sincretismo. pelo menos uma coisa tem que ser concreta em frases tão abstratas de assuntos abstratos e modos abstratos, como são os meus.

beijos.

ouvindo: sonic youth - esquizofrenia ( in english of course.)

Anonymous said...

o que eu estava procurando, obrigado